Desde o ínicio da sua vida na Terra, a humanidade teve de fazer experiências complantas para descobrir quais as comestíveis e quais as fatais. Ao longo dos tempos, algumas delas foram sendo reservadas para a magia ou medicina, e foi a partir dessas plantas que muitos medicamentos evoluiram.
Na época em que a maioria das antigas civilizações se encontrava em pleno desenvolvimento, o uso terapêutico dos óleos essenciais fazia parte do seu dia-a-dia.
Os Egipcios, em 4500 A.C., usavam óleos de Mirra e de Cedro para embalsamar os mortos e, 6500 anos depois, múmias perfeitamente conservadas dão testemunho das mais valias desta técnica.
A investigação moderna revelou que a madeira do Cedro contém um fixativo natural e que a Mirra contém poderosos agentes anti-sépticos e bactericidas, o que explica por que muitas múmias se apresentam com tão bom estado de conservação.
Os Egipcíos foram os primeiros a destilar plantas, com o objectivo de extrair os respectivos óleos essenciais. Usavam-nos na medicina e em cerimónias religiosas, ou ainda como embelezadores da pele, perfumes e poções para o rosto.
Os óleos eram tidos em tão alto apreço, que eram ofertados aos Deuses.
Os Sumo-Sacerdotes registaram os usos terapêuticos dos óleos e as suas propriedades conhecidas em rolos de papiro, juntamente com as receitas secretas. O seu conhecimento era de tal forma rigoroso, que constitui a base da aromaterapia moderna.
Os Romanos, por outro lado, utilizavam os óleos essenciais tanto por prazer como para tirar as dores: usavam-nos diariamente nos prolongados banhos perfumados e em massagens.
A paixão do Imperador Nero pelas orgias, festas e fragrâncias é lendára. O seu óleo favorito era o de Rosa, porque curava enxaquecas, indigestões e levantava o ânimo, tornando-se assim possível continuar os seus festins. Outro óleo favorito dos Romanos era a Camomila, para tratar problemas de pele e ajudar a sarar feridas.
Na Grécia, Índia, China e Arábia o uso de substâncias aromáticas floresceu. Mas só a partir do século XII que a perfumaria e o herbalismo se expandiram na Europa.
Na altura da Grande Peste, em 1665, este uso encontrava-se já de tal modo implantado, que os Londrinos queimavam nas ruas molhos de Alfazema, Cedro e Cipreste e traziam consigo raminhos das mesmas plantas, como única defesa contra a doença infecciosa. E isso indubitavelmente terá salvo milhares de vidas, pois estas plantas contêm poderosos agentes anti-sépticos.
Até ao virar do século, as plantas eram utilizadas para fazer todos os medicamentos. As ervanárias disponham de infusões, pomadas e pós para tudo.
Com a necessidade de aumentar o produção passou a sintetizar-se os principios em laboratório e passamos a usar comprimidos químicos com poucos extractos naturais.
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